28.3.05

POUSO DA CAJAÍBA


Doces figuras, a Semana Santa foi em Pouso da Cajaíba, um paraíso a poucas horas de Paraty, de barco. A Semana era Santa, mas as companhias, todas, sem exceção, pagãs. Eu e Dani, meu irmão Szegeri e Stefânia, Léo (seu irmão, uma espécie de "dono" do pedaço, um craque) e Simone e Roberta Valente. Tentarei ser brevíssimo no relato.

As semanas que antecederam a partida foram caóticas. Diarréias, palpitações, noites em claro, pesadelos à noite quando eu dormia, estudos profundos sobre a região, milhares de emails trocados com o paciente Szegeri. Partimos, eu e Dani, às 6h de quarta-feira, de ônibus, para encontrarmos Fernando e Stê já em Paraty. De lá fomos para Paraty-Mirim onde um índio (uga) nos esperava. Fiquei cabreiríssimo já que o índio tinha celular, bebia cerveja enquanto nos esperava e falava um português perfeito, além de não entender nada quando fiz evoluções xavantes à sua frente, pedindo calma no manejo da canoa, entoando cantigas e em tupi-guarani.

A travessia, de pouco mais de 40 minutos, foi, segundo os ocupantes da canoa, calmíssima, embora eu orasse para o Pierre em busca de proteção. As malas chegaram encharcadas em Pouso da Cajaíba, um paraíso com pouco mais de 300 habitantes, sem luz elétrica, muito verde, prometendo um feriado porreta, como de fato foi.

As fotos atestam a beleza do lugar.

Atestam e falam sozinhas.

Razão pela qual encerro por aqui, não sem antes dizer que, mantendo a tradição que nos une, a mim e ao Szegeri, choramos a rodo quando uma moreninha linda, 5 anos de idade, que recebera de mim um elogio ao seu sorriso e um barquinho de madeira como presente, Ana Cláudia, entregou-me uma concha dizendo-me ao pé do ouvido, "pra você não esquecer de mim".

Ainda nessa semana conto detalhes dos cinco dias no Pouso, como dizem os caiçaras.

Até.

Posted by Hello

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