7.4.06

JAIR DO CAVAQUINHO (1920 - 2006)

"As rosas, muitas rosas
Não saem da minha imaginação
É a rosa da saudade
Rosa da esperança, rosa da compreensão"

(Jair do Cavaquinho)

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Madureira chorou ontem, como chora hoje, o Buteco, a perda desse gênio da raça, Jahyr de Araújo Costa, Seu Jair do Cavaquinho, sócio número 01 da Portela.

E como me falta conhecimento, como me falta vivência, como me falta, mesmo, talento pra falar de um portento como ele, recomendo a vocês todos a leitura da belíssima homenagem que lhe fez o meu irmão, Fernando Szegeri, portelense de quatro costados.

A foto que ilustra o texto é de autoria de Paulo Barbosa, o Cachorro, e mais fotos, todas tiradas na quadra da Portela no dia da festa carioca pelo VIII Aniversário da Agenda do Samba & Choro (houve outra, ainda mais linda, em São Paulo, capitaneada justo pelo Szegeri), podem ser vistas aqui.

Até.

PS: Fernando Toledo, nosso saudoso Toledão, que gosta demais do Seu Jair, deve estar feliz da vida!

Um comentário:

Anônimo disse...

A imagem mais forte que guardo do seu Jair é a do velho dançando o miudinho num show do João Caetano ou Carlos Gomes, cena que ele repetiu muitas vezes, inclusive no Candongueiro, apesar do monte de gente em volta. Outra cena: anos 70, eu era cineclubista e fui a uma reunião no Cineclube Glauber Rocha, em Santa Teresa, mas parei no Largo dos Guimarães porque lá estavam, sentados num banco, seu Jair e Nelson Cavaquinho, tocando e cantando para uma pequena platéia. A mais antiga: levado por minha irmã e pelo namorado dela na época, o grande Chico Feitosa da Bossa Nova, o falecido Chico Fim de Noite, eu com uns 12 ou 14 anos entrei fazendo cara de adulto no Teatro Opinião para ver os Quatro Crioulos. No improviso, a parte dele dizia: "Eu sou Jair da Portela/ Samba é o meu natural/ Eu visto azul e branco/ Nos dias de carnaval". Numa festa na casa do Ilton e da Hilda, lá atrás do Candongueiro propriamente dito, um papo de meia hora com ele e a neta dele, dia em que ele me esclareceu jamais ter ouvido falar em certa figura do jornalismo que se dizia sobrinho dele. Lembranças queridas do mais simpático componente da querida Velha Guarda da Portela. Valeu Edu, valeu Szegeri! Abraços e carinho do...