13.5.06

BH, A SAGA - PARTE III, FINAL

BH, 13/05/06, sábado

Café da manhã com Dani no hotel às 9h. Durante o café entrei em depressão profunda, com aguda piedade de uma garçonete que veio ao salão trazendo nas mãos uma bandeja de pão-de-queijo e nos pés um sapatinho de pano furado. O furo, aquele único furo que expunha o rosa do esmalte do dedão da garçonete, foi responsável pelo meu abatimento. Chek-out às 11h. Deixamos, eu e Dalton, as malas na WiseUp e tomamos o rumo do Mercado Central de novo, parando, desta vez, no Bar Bias Fortes, na esquina da Bias Fortes com a São Paulo. Bebemos apenas uma Brahma. Meio-dia. Mais do que gelada. Congelada. Pagamos e fomos embora, R$2,40. Fomos caminhando e eu me sentia assolado pela agressão verbal do Szegeri, de ontem. Liguei para sua casa, do orelhão. Atendeu-me a doce Stê e ela me disse, grave:

- O Fê foi caminhar.

Pedi retorno. Chegamos ao Mercado Central quase às 12h30min. Compramos cachaça e fomos para o Café Palhares, a melhor descoberta da viagem, um bar que não faria feio no Rio de Janeiro e que pisa, a patadas, nos bares que o Jota gosta. Chegamos. Fui ao orelhão. Atendeu-me, de novo, a Stê. E disse-me:

- O Fê está no banho.

Um atleta, quando caminha. Um asseado, quando no banho. E não me atende. Tornei a pedir retorno. Voltei, triste, ao balcão e pedi uma dose de Verde Vale. Estamos, eu e Dalton, com sede. Temos até às 14h para beber, nosso vôo é às 16h35min e Dani está a caminho. Já estamos no décimo chope. Volto ao orelhão. Ninguém em casa. Tento o celular do Pompa. E de novo é a Stê que atende:

- O Fê está dirigindo.

Um atleta, quando caminha. Um asseado, quando no banho. Um motorista ao volante. E não me atende. Eu choro e ela me acalma:

- Vou passar pra ele.

Falamos. E o Pompa, com aquela empáfia verbal me assegura que ontem não me agrediu. Nem a mim nem ao Dalton. Voltei ao balcão. Pedimos uma dose de Cambucana. Tudo desce redondo. Chegam Dani, Erika e Fred.

Dani comendo KAOL no balcão do Café Palhares, com a Erika, Belo Horizonte, MG


Dani pediu um KAOL. Não gostou. Achou que é "prato de menino". Como eu amei, comi tudo. Dalton vai ao orelhão e de lá me chama como um náufrago. É a Rino, de novo. Empolgado, meu irmão liga pra Maria Otávia, sua irmã, a Tati, e eu falo com ela. Chegam Lelê Peitos e a Alê. Dá-se a festa.

eu, Alê, Lelê Peitos e Dani em frente ao Café Palhares, Belo Horizonte, MG


Erika e Fred pedem o "Hilda Furacão". Provo um pouco. Gosto. Mas estou sem fome, já comemos sanduíche de pernil no pão-de-queijo, uma porção de lingüiça, um KAOL... Algumas cachaças, já passamos dos vinte chopes... Mas eu quero repetir: trata-se do grande destaque da viagem, o Café Palhares!

Hilda Furacão, prato concorrente do Café Palhares, Belo Horizonte, MG


Temos que partir. Tomamos o táxi às 14h45min. Chegamos ao aeroporto às 15h40min, nós três dormindo durante o trajeto, é longe pra burro. Fizemos o check-in. Viagem de volta excelente. Chegamos no Rio às 17h30min. Eu, com sede. Enquanto Dani e Dalton respiravam, apenas, eu bebi duas latas de cerveja esperando o Paulinho, que foi nos buscar.

vista da janela do avião


É tudo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ave Maria, que a foto desse Hilda Furacão aumentou minha fome, e minha saudade de Minas!
Fui obrigada a ir até a geladeira e ver o que tinha para almoçar.
E tive uma grande ídeia: Fiz um mexido, no melhor estilo mineiro:ao ovo mexido feito no azeite, junta-se o arroz, o feijão, a farinha e mais um pouco de azeite!
Supimpa!

Bj.