1.12.06

TSC

Isso. Esse mesmo é o título. Tsc. Aquele som que fazemos com a língua ricocheteando nos dentes, triscando, típico quando estamos de saco cheio. Amuados. Enfastiados. Começa dezembro. E volta à carga o cada vez mais insuportável Jota. Sem mais delongas, vamos à nota:

"O chope esquentou

Antonio Rodrigues, do Belmonte, diz que Carlos Eduardo Thomé, o Kadu do Bracarense, não tem autoridade para reclamar da comida de seu bar, como fez na festa de lançamento do ´Rio Botequim´, semana passada. ´Ele foi infeliz´, diz. ´O Kadu não entende de botequim, não sabe diferenciar moela de coração. Não pode discutir comigo sobre boteco´, afirma. ´Não foi ele quem fez o Bracarense, que é maravilhoso. Pegou o bonde andando. Já o Belmonte, fui eu quem fiz´".


Taí. Numa mesma nota - pra isso ele tem talento - o Jota faz três propagandas: do Belmonte, do Bracarense e do vade-mécum de otário. Eu continuo achando que essa suposta indisposição entre os dois - Antonio Rodrigues e Kadu - é fictícia, coisa criada apenas para, volta e meia, lançar os holofotes em direção a um e a outro. Basta vocês lerem os ATENTADOS DO JOTA, no menu à direita, para verificarem quantas vezes o lamentável Jota cita um e cita outro. Ou cita os dois, na mesmíssima nota. Como o Kadu, dia desses, manifestou-se aqui no Buteco, pode ser que se manifeste mais uma vez, até mesmo pra responder a esse Antonio Rodrigues, que não entende porra nenhuma de buteco, como arrota. Aliás, eu não sei a razão, mas basta ler seu nome para que me venham ao pensamento o Sol e Mar, o Bateau Mouche, esses lixos. Pigarreio e sigo.

E termino dizendo o que esse covarde Jota não terá, nunca, coragem de dizer, até mesmo porque não se pode contrariar o poder que vem de cima.

Assim como esse cara - o tal Antonio Rodrigues - vem alardeando abrir um bar chamado Antonio´s (vejam aqui), usurpando o nome de um dos maiores templos da boemia carioca durante anos, comandado pelo Manolo - e o Jota sabe disso mas finge que não sabe -, mentindo, portanto, vem agora soltar mais essa pérola: "O Belmonte fui eu quem fiz".

Sórdida mentira.

O Belmonte, o verdadeiro Belmonte, também comandado por um homem chamado Manolo (minha memória diz que sim), tradicional pé-sujo na Praia do Flamengo, inaugurado em 1952, era um dos grandes butecos da cidade, principalmente da zona sul. Meu mano Szegeri, por exemplo, freqüentava o imenso balcão do Belmonte, ainda moleque, desde suas primeiras viagens etílicas em direção ao Rio, e pode testemunhar que aquilo sim era um buteco.

Comprado por esse cidadão - o mais citado na coluneta do Jota, disparado - o Belmonte acabou, embora mintam deslavadamente os letreiros de cada uma das filiais espalhadas pela cidade, que dizem "desde 1952". Mentira. Sórdida mentira.

Comprando o ponto, comprando o nome, depois comprando pontos em vários bairros e espalhando filiais de "McDonald´s de Bêbado" por toda a zona sul do Rio de Janeiro, Antonio Rodrigues conspurca, dia após dia, o verdadeiro buteco.

Em resumo é isso: ele não fez o Belmonte porra nenhuma. Ele transformou o Belmonte num lixo abjeto.

Até.

7 comentários:

Anônimo disse...

Capitão-do-mato,

Bom ver aqui, antecipadamente, o febeapá estampado no "j" de hoje; obrigado por me proporcionar a poupança de duas pratas.

O Belmonte, hoje belmonte ("b", alcunha antes empregada para aquele energúmeno chamado "bloch", arnaldo, também daquele infecto "globo"), como você bem assinalou, não foi feito, mas desfeito pelo "a", que pôs abaixo aquela instituição encravada na Praia do Flamengo.

A rusga existente com o Braca é real e existe há algum tempo; decorre de descarados plágios de petiscos e afins que o "a", durante a "expansão" de seu "drinking-center" (ave, Szegeri!), promoveu nas, digamos, filiais.

O fato de o Kadu ter pego o bonde andando, em nada desqualifica sua atuação; sou frequentador diário do Braca, e reconheço que ele há tempos não é mais o mesmo, situação que se agrava com a propaganda servil que o homúnculo lhe faz diariamente.

Mais grave, entretanto, é, não tendo pego o bonde andando, transformá-lo naquela excrescência que é o "b", talvez a mais cafona das malsinadas redes que compõem os "drinking-centers" (ave, Szegeri, com redobrada saudade!).

Aliás, não pode passar em branco a "decoração" mentirosa do "b", certamente a mais cafona de todos os "d-c"'s, que engana os incautos acintosamente em seu logotipo, ao "informar" que está estabelecida (!!!) desde 1952.

Como muito bem assinalado dias atrás, na festa do rio-botequim tudo foi fornecido pelo "b", cabendo registro sua falta de compromisso com a cultura de butiquim; salgado frio, chope em copo de plástico - haverá um dia, se Deus quiser, em que nem o subserviente homúnculo garantirá o faturamento da casa.

Saravá!

p.s. e inaugurar uma casa com o nome Antonio's, em homenagem a uma das mais prezadas catedrais da boemia carioca, é, para dizer o mínimo, a mais rematada falta de caráter - será que o "a" não estaria, ele também, pegando uma carona no "bonde andando"?

Anônimo disse...

Já falei contigo, Edu, que o melhor e o mais necessário a ser feito é botarmos o nome do jota e do antonio do belmonte na boca do sapo!

******

E o Simas há de concordar comigo. Né não, meu camará?!

Anônimo disse...

Edu, fui hoje ao Rio-Brasilia e comi a carne assada com coradas tão elogiadas por você. Levei minha mãe, excelente cozinheira, mas que não consegue acertar na carne assada. Adoramos e voltaremos. Pra fechar com estilo, fui na batida de maracujá, saí do buteco alegrinha. Te agradeço a indicação.

Eduardo Goldenberg disse...

Fraga: em se tratando de Jota, meu caro, tudo é possível. Acompanhemos tudo, marcando em cima!

Felipe: continuo achando que não devemos fazer isso. Eles assim, inteiros, vivos e presentes, dão pano pra manga, assunto, razão pra prosseguirmos o linchamento público.

Olga: fico satisfeito com isso. O Rio-Brasília é um patrimônio, mas quando você voltar me avise antes. Será um prazer beber umas com vocês.

Ane Brasil disse...

É, é dura a vida de botequeiro.
os pés sujos estão morrendo, meu caro.
E agora, com essa maldita onda anitabagista, tem boteco com plaquinha de "proibido fumar"!
ora pois! como é que vou tomar meu café coado na meia sem fumar meu cigarrinho!
Escrevo desde Porto alegre e, por aqui, somente um ou dois butecos resistem bravamente.
um deles é o Naval, localizado no mercado público. Atende a boemia da cidade desde os áureos tempos de Lupcínio rodrigues.
Vida longa a todos os pés sujos do país!
sorte e saúde pra todos!

Anônimo disse...

Edu,
Arrumei um bom advogado... o grande Fraguinha!!! rsrsrs

É uma pena que pessoas mesquinhas, como esse "a", estejam na posição que estão, colocando goela abaixo da população leiga, por meio de seus assessores, essa deturpação da cultura boêmia da cidade, ainda mais com esse oportunismo de usar nomes de casas consagradas como era o Belmonte e agora como o Antonio's, mas a esperança é a ultima que morre. O que seria dos bons se não existisse o ruim?

Informações seguras garantem, esse castelo é de areia ....

Eduardo Goldenberg disse...

Ane Brasil: seja bem chegada e apareça sempre por aqui. Quanto mais gente gostando e defendendo nossa causa, melhor!

Kadu: antes de mais nada, malandro, com relação a mim, pelo menos, você não precisa de advogado. Veja o Fraga como eu o vejo, ao menos nesse episódio que nos envolve: como grande conciliador que é. E ele não desempenharia esse papel se não soubesse, bem, o que estava querendo unir.

Torço para que a informação segura que você me traz seja pra valer. E que, junto com o castelo de areia, ruam todos os lixos que conspurcam o verdadeiro buteco!