2.3.07

SOBRE O SZEGERI

Eis que ontem, premido pela angústia e pela expectativa quanto à impressão do Szegeri sobre meu texto inteiramente dedicado a ele (leia aqui), bati o telefone pro pomposo celular.

Chamou. Chamou. Chamou. E ninguém disse alô.

É preciso dizer que hoje em dia, em tempos de BINA, um telefone chamar, chamar, e seu proprietário não atender, significa, ao menos pra mim, o princípio de um longo período de disforia. Se o proprietário for o Szegeri, então, a depressão é ainda mais grave, acompanhada de perturbações dos meus pensamentos e das minhas ações. Um "o que foi que eu fiz a ele?" me persegue. E foi assim, ontem.

Fiquei imaginando a cena passada lá em São Paulo. O Szegeri estava almoçando sozinho, que ele sempre almoça sozinho (leiam isso aqui e vocês hão de entender). Diante dele, a marmita. A marmita e uma garrafinha de H2O, sua nova mania líquida. A marmita, uma garrafinha de H2O e o celular. E o celular toca no justo instante em que o Pompa mastiga, solitário na repartição, a primeira garfada. Toca e, evidentemente, pisca.

Lentamente, enquanto mastiga, o Szegeri bate os olhões, que os olhos do Szegeri são enormes, na tela do aparelho.

Está piscando: EDU

Ele, sem largar o garfo, valendo-se do dedo mindinho, do anular e do dedo médio da mão direita, enxota o celular como quem enxota uma mosca varejeira.

E eis a trilha sonora desse gesto de repulsa olímpica... Valendo-se de sua condição momentânea de Chuck Noland, o náufrago, o Szegeri arrota.

Mas não reside na eructação a maior humilhação impingida a mim.

A maior humilhação imposta a mim foi arrotar olhando fixamente para aquele EDU que, na telinha do aparelho celular, piscava uma, duas, três, dez vezes (eu liguei mais de cinco vezes seguidas, em vão). E com cara de nojo.

Ocorre que ao chegar em casa, triste, sorumbático, encontrei na caixa de email uma mensagem justamente dele. Eis, meus poucos mas fiéis leitores, a enigmática mensagem szegeriana (lembrem-se do que eu lhes disse ontem com relação aos enigmas que se escondem num mero "alô" partindo dele):

"As pessoas ficam confusas. Elas não sabem se você gosta ou não de mim."

Ora, ora, ora. Eu não posso não me manifestar publicamente.

Passem antes pela imagem desse portento.
Eu também não sei se gosto ou não do Pompa.

Perguntem, por exemplo (exemplo perfeito, diga-se, e pra bom entendedor meia palavra basta), a um crente, se ele gosta de Deus, e ele urrará, abanando a Bíblia portátil:

- Eu temo a Deus! Temo!

É isso.

Eu tenho medo do Szegeri.

Um dia, em breve, eu conto o por quê.

Até.

10 comentários:

Unknown disse...

Eu tenho medo dessa barba.

Anônimo disse...

Esses caras tão ficando loucos!

Anônimo disse...

Eu não sei como pode o Segeri ainda ser amigo seu. Ou você ser amigo dele. Se isso tudo for verdade eu tenho é medo de vocês.

Unknown disse...

Ô Cesar, tu tem vocação pra mulher de malandro ou o quê?

Luiz Antonio Simas disse...

Essa foto do Szegeri é a imagem que eu tenho do fidalgo Joca Ramiro...Já você , Edu, lembra vagamente o Zé Bebelo.Ou seremos, todos, homens do Medeiro Vaz?

Anônimo disse...

A barba do Szegeri é de respeito, convenhamos todos, camaradas!

Anônimo disse...

Alguém aí lembra da Regina Duarte na famigerada campanha presidencial do Serra antes do primeiro mandato do Lula?
"EU TENHO MEDO"!!!

Mas pô, sem ser piegas, não dá pra ter medo de um camarada com um sorrisão lárgo desses..

Abraços!!!

Caio

Anônimo disse...

Á propósito...eu tenho medo do Cesar Nascimento!!!
rs

Caio

Anônimo disse...

tenho medo do meu xara e nojo do cesar....

Anônimo disse...

Edu, assino embaixo, mano! Eu também tenho medo do bom Szegeri.

Bruno, é isso!! O Cesar é mulher. E de malandro.
Cesar, você está SEMPRE na TPM né... Fica toda emotiva e confunde os sentimentos. Enche o saco de todo mundo... Vê se erra, mala!