19.6.07

FESTA NO BUTECO

Há em minha casa, como lhes contei aqui, em texto datado de maio de 2004, um buteco de verdade, criação da mulher que me ensinou a sorrir. Saquem a descrição que fiz do lugar, naquele longínquo maio de 2004:

"Atentem para o cenário.

Um janelão que nos permite ver o céu, vista arejada. Uma Árvore da Felicidade, duas jibóias gigantescas que começam a lamber as paredes verdejando o ambiente, uma mesa original de buteco, pés de ferro, base de madeira e tampo de mármore, cadeiras em volta dela, um quadro de autoria do Mello Menezes desenhado numa toalha do Bar Lagoa, uma bolacha imensa da Original, que nunca falta, um quadro comemorando um dos campeonatos do Flamengo e outro, de autoria do Lan, com o time dos sonhos do rubro-negro.

Uma prateleira que sustenta uma bromélia, outra com cachaças, bolachas de várias marcas de cerveja, um filtro de barro que vovó nos deu, um balde lindo da Bohemia dado pela Guerreira e pela Maria Paula, e por enquanto é só.

Há ainda, em andamento, projetos que porão a imagem de São Judas Tadeu com a bandeira do mais querido no alto de tudo, mais algumas plantas, enfim, detalhes, que as mulheres são especialistas em fomentá-los.

Sem modéstia, que nunca foi o meu forte, não há, entre os 50 bares citados no Guia Rio Botequim 2004, nenhum que chegue perto da força que o buteco daqui de casa imprime aos poucos e seletos freqüentadores."


O buteco, que fica na outrora área de serviço de nosso apartamento, pouco mudou de lá pra cá. Foi ganhando corpo, digamos, já que chegou um quadro novo, uma planta nova, uma vela rubro-negra de 21 dias comprada no Mercadão de Madureira - e a vela é meu mais novo xodó -, um pé de arruda, um vaso de comigo-ninguém-pode, essas bossas.

Ocorre que, como lhes contei aqui, em texto de maio de 2007, ganhei, de surpresa, depois de um agradabilíssimo jantar para o qual fomos convidados, eu e Dani, uma placa lindíssima contendo uma frase que, convenhamos, diz muito sobre mim.

E a tal placa estava, desde então, esperando o momento certo para ser devidamente incorporada ao ambiente sacro, se é que vocês me entendem.

Esse momento chegou e deu-se a inauguração, com pompa e circunstância, no domingo passado, 17 de junho de 2007.

Após brevíssimo e econômico discurso da minha garota (dona da voz em off), a Betinha nos deu a honra de descerrar o pano de prato (salve a Tijuca e seus hábitos!) e inaugurar a dita cuja.

Momento que eu, prudentemente, registrei.


Até.

4 comentários:

ipaco disse...

Frase que guarda fundo a idéia de um porvir iluminado... Parabéns, compadre!

Anônimo disse...

Dia INESQUECÍVEL. O buteco foi invadido pelo cheiro delicioso dos pães do Flávio e, em tributo à inauguração da placa, detonamos uma garrafa inteira de red...

Szegeri disse...

Não pude deixar de lembrar do papagaio de três cores que meu avô fez pra mim, quando eu tinha seis anos...

4rthur disse...

Ué, e a miniatura de um buteco que você ganhou há tempos, não foi pendurada ali não?


E alguém notou a mãozinha nervosa do Flávio ali no umbral da porta?