1.7.07

AUTO-RETRATO FALADO

lá no site do Centro Cultural Banco do Brasil, cuja visita, seguramente, é um dos grandes programas para uma manhã gelada de sábado:

"O “Auto-retrato falado” (...) coloca em pauta as questões referentes à diferença entre o mítico e o ilusório, o real e o imaginário, ao articular a percepção que cada um tem de si próprio. (...). (...), coloca em xeque, ou não, a eficácia e a precisão dos retratos falados utilizados pelas polícias do mundo todo para o rastreamento de marginais e desaparecidos.

(...)

(...). Uma vez dentro da instalação, o visitante passa a se relacionar com o programa descrevendo-se e realizando a construção da sua imagem a partir
do retrato falado.

A imagem do espectador certamente sairá bem diferente daquela proveniente de um instantâneo fotográfico ou de um flagrante. Aí entra em jogo a diferença entre o real e o ilusório, entre aquilo que somos e aquilo que supomos ser; o imaginário é colocado a serviço das aparências.

(...)."


Vai daí que fomos ontem - eu, Dani e Betinha - participar da tal brincadeira. Você entra numa cabine e é, de imediato, fotografado por um monitor. Daí esse mesmo monitor começa a montar, passo a passo - rosto, cabelo, olhos, nariz, boca, marcas de expressão -, valendo-se de um poderoso banco de dados à sua disposição, o seu retrato falado segundo as suas orientações, sem que você possa olhar-se no espelho ou mesmo ver a tal fotografia, o que gera - vocês verão! - resultados hilariantes.

Uma passada, é evidente!, na livraria Folha Seca, uma hora e meia de fila, empadas e refrigerante durante a espera - salve a Tijuca e seus hábitos! -, e entramos os três, cada um numa cabine diferente, cada um com um monitor diferente manipulando o software que elabora os retratos falados.

O troço - confesso recomendando - é divertidíssimo!

auto-retrato falado, Danielli Pureza, 30 de junho de 2007
auto-retrato falado, Eduardo Goldenberg, 30 de junho de 2007
auto-retrato falado, Roberta Oliveira, 30 de junho de 2007

De lá partimos para o Casual, do Chefe Santos, onde traçamos um cabrito que estava monumental, e de lá para o Rio-Brasília, onde juntaram-se a nós Flavinho e Felipinho.

Este último, um boêmio nostálgico - confira aqui - pregou-nos, mais uma vez, uma peça.

No fim da noite, depois de incontáveis cervejas e doses generosas de maracujá, pagou a conta toda, sozinho, prova máxima de gentileza - como já havia feito outras tantas vezes, como já contei aqui.

Até.

5 comentários:

Unknown disse...

Querido, você conseguiu ficar mais feio no auto-retrato falado.

Eduardo Goldenberg disse...

Bruno: antes fosse apenas "mais feio"... Acho que fiquei com cara de viado mesmo!

Anônimo disse...

É muito divertido, eu também recomendo.
Ninguém imagina a tensão do Edu, do lado de fora da cabide, vendo a Dani fazer o retrado dela. Só se ouvia "meu deus, essa não é a minha mulher!". O povo da fila gargalhava! Impagável.

Anônimo disse...

O Edu ficou uma tia com ar de enfado. Já a Roberta tá parecendo uma nordestina. Você é bem mais bonita que esse retrato, meu amor.

4rthur disse...

Acho que, tirando o rímel que o desenhista botou no Edu, difere pouco do menino que ainda ontem autografava seu livro no Stephanio's...