5.5.08

BICAMPEÃO 2007/2008

Chegou ao fim, ontem, o Campeonato Estadual do Rio de Janeiro (não é possível chamar de "Campeonato Carioca" se jogam Cardoso Moreira e Duque de Caxias e não o São Cristóvão, se há Macaé e não há Bangu ou Olaria). Flamengo e Botafogo fizeram ontem, diante de 80 mil pessoas, mais uma final eletrizante e o Flamengo, com a incontestável vitória de 3 a 1, conquistou seu trigésimo título estadual alcançando a marca do Fluminense, o que já dá ao Estadual 2009 mais um atrativo.

Eu disse 80 mil pessoas e confesso publicamente: eu não estava entre as 80 mil pessoas.

Eu não estava entre as 80 mil pessoas e você dirá (ouço daqui a emenda):

- Estava no Rio-Brasília, como sempre...

E eu responderei que não, semi-envergonhado.

Como minha queridíssima cunhada, Magali, chegou de viagem ontem com o marido, o Ricardo, e como eu morria de saudade, e como estar com as meninas, suas filhas, Maria Helena e Ana Clara, é sempre um deleite, e como eu prometera um spaghetti com camarão ao alho e óleo a eles, e como havia ainda a promessa da companhia sempre impagável de meus sogros, Comandante e Dona Sá, mandei-me pra Barra da Tijuca (Barra Cada Vez Menos da Tijuca) às duas da tarde para de lá assistir à partida. E eis o que eu queria lhes contar.

Não há um único rubro-negro na Barra. Se há, esse (ou esses) rubro-negro estava entre os 80 mil presentes ao Estádio Mário Filho.

Quando do gol do Botafogo senti o prédio tremer (eles moram no vigésimo-segundo andar). Ouvi fogos. Ouvi gritos. Houve festa.

Veio o segundo tempo, e veio o gol de empate do Obina, houve o segundo gol do Tardelli e por fim, já no finalzinho, o gol fecha-o-caixão, novamente do Obina.

Eis então a verdade: apenas eu e minha menina comemorávamos.

O que havia (éramos espectadores privilegiados daquele arranha-céu), por todo o bairro, era um silêncio aterrador.

E isso me deu - vocês hão de compreender o por quê - um imenso e intenso prazer.

Após o jogo chegaram todos, fui ao fogão (sem maldade, sem maldade!), preparei o jantar e ergui, de longe, um brinde aos meus queridos que, do Rio-Brasília, me ligavam inconformados com o que pareceu, a eles, um gesto incompatível comigo: Flavinho e Victinho (que assistiram juntos, de lá, à peleja), Digão, Candinha e Bemoreira (que foram pra lá, depois do jogo, que assistiram in loco).

Saudações rubro-negras a todos!!!

Fecho, hoje, mandando um forte abraço aos palmeirenses que conheço e que estão de parabéns pela conquista do Paulista 2008 (em ordem alfabética para não ferir suscetibilidades): Bruno Favela, Fernando Borgonovi, Fernando Szegeri, Iara Szegeri, todos de São Paulo, e o Imperador, do Rio-Brasília.

E um carinhoso beijo na aniversariante de hoje, minha amiga alvi-negra, Beth Carvalho!

Até.

5 comentários:

Marcelo Moutinho disse...

Parabéns pelo merecido título do seu Flamengo, Edu. Mas vou te contar uma coisa: morei na Barra durante muitos anos, 21 para ser exato, porque meus pais para lá se mudaram. E posso te dizer que Flamengo e Fluminense sempre foram, de longe, de muito longe, os times com mais torcedores no bairro. Para vc ter uma idéia, qdo fizemos um campeonato didivindo as esquipes por torcedores de cada time, foi preciso montar um combinado Vasco-Botafogo. Não sei o que mudou nos últimos dez anos, mas te garanto que os rubro-negros formam, assim como em toda a Zona Sul, em toda a cidade e em todo o país, um grandioso contingente na Barra.

Anônimo disse...

E ainda tem gente que não vê o óbvio: Obina é craque.

Anônimo disse...

Fala Edu, tudo bem?

Parabéns, pelo o seu Mengo. Se na barra, como você diz não tem Flameguista, o que eu duvido. No buteco que freqüento aqui em Sampa, tem 3 e são dos mais fanáticos. Fica entoando o canto de OBINA, MATADOR! Para delírio do BAIXINHO, o dono da espelunca.


ABRAÇO

RODRIGO MEDINA

Luiz Antonio Simas disse...

A média do Obina está excelente. Três gols contra o Botafogo e um no jogo contra o América do México. A falta do Cabañas só entrou porque desviou na pança do craque.

Anônimo disse...

edu, uma vez disseram pro tom jobim que, mais do que ele, só teve canções executadas, sonhecidas ou reproduzidas, foram os beatles. e o maestro: "pô, mas eles são quatro, né?..." então parodiando o tom, o fluminense é mais velho...