Em dezembro de 2007, por ocasião da visita do Arthur Tirone, o meu querido Favela, ao Rio de Janeiro, escrevi FAVELA NO RJ - PARTE I (aqui), FAVELA NO RJ - PARTE II (aqui) e FAVELA NO RJ - PARTE III (aqui). Tive a honra, naquela oportunidade, de recebê-lo (com a Milena) em casa - o que valorizou, creiam em mim, o imóvel. E eis o que quero lhes contar hoje: o Favela esteve no Rio, de novo, entre terça e quinta-feira (09, 10 e 11 de setembro), a trabalho. Esteve aqui a trabalho, mas não deixou de dedicar seu tempo vago aos amigos e aos butecos, duas de suas maiores paixões.
Encontramo-nos no RIO-BRASÍLIA, nosso buteco de fé, pouco antes da partida entre Brasil e Bolívia pelas eliminatória da Copa do Mundo de 2010. A foto não mente: cinco homens em estado de graça, limãozinho da casa, batidinha de maracujá, um conhaque diante do Favela (notem, notem, notem!), garrafas de cerveja, e atrás de nós, como um cenário construído para a fotografia, os janelões do casarão de pedra à esquerda (atrás de mim) e a entrada do outro casarão de pedra à direita (entre o Rodrigo e o Vidal), sonhos de consumo de onze entre dez freqüentadores do portentoso pé-sujo tijucano.Mas não é sobre o que houve no RIO-BRASÍLIA que quero lhes contar.
Quero lhes contar sobre o que houve depois, e que eu soube apenas ontem à noite, quando recebi - para minha sorte - o Felipinho Cereal para jantar.
Ainda no RIO-BRASÍLIA, Felipinho Cereal jurava apresentar butecos novos ao Favela, todos ali mesmo na região, e eu fiz - sem exagero - uma centena de fotos do papo dos dois: ambos choraram, os abraços eram efusivos, e fui cravado de uma certeza naquele momento em que fazia os cliques - o final da noite não iria prestar!
E eu não estava errado.
Felipinho Cereal me contou o roteiro antes mesmo deles partirem: o buteco PINK, pé-sujo na Afonso Pena, GALETO COLUMBIA, glorioso galeto na esquina da Afonso Pena com a Haddock Lobo, COLUMBINHA, na Haddock Lobo, e BAR ESTUDANTIL, também na Haddock Lobo, entre a Alberto de Sequeira e a Almirante Gavião!
Durante os próximos dias, prometo publicar fotos do roteiro desses dois caboclos, queridos meus, que aproveitaram à larga a noite de quarta e a madrugada de quinta-feira.
Encerro, por hoje, deixando três felizes forografias, de autoria do Felipinho Cereal, mostrando o Favela mais-que-à-vontade no interior do COLUMBINHA (notem as portas de ferro já fechadas) ao lado de dois malandros, que ele conheceu ali, naquele momento, naquele balcão.
A fotografia - espero que vocês me compreendam... - deixa nítido, claro e evidente, que a Barra Funda é de linhagem tão nobre quanto a Tijuca - e que o Favela é um grande sujeito, dos maiores. O abraço dos caras, a franqueza do sorriso do meu queridíssimo Favela, a intimidade que só um balcão de madrugada permite, prova, também, o acerto do roteiro do Felipinho.
Uma grande noite, seguramente.
Até.
6 comentários:
Depois de algumas garrafas vazias, declaração de amor entre dois amigos. Para terminar, uma via-sacra pelos bares da região. Já vi isto antes. Só muda o cenário. Cada vez melhor este buteco. Abraços!
Imagens como estas me fazem lembrar que sou o homem mais feliz do mundo, por ter amigos como o Favela. Axé!
O Favela é meu irmão!
Valeu, Jonas! A qualidade do BUTECO deve-se muito à qualidade de quem o freqüenta!! Um abraço.
Bruno: somos todos os mais felizes do mundo, querido... Convivemos - e isso é muito. Eu, e você bem sabe do que falo, mais que nunca, devo demais aos meus amigos, querido. Sem eles seria tudo infinitamente mais difícil.
Ô, Piruca: o Favela tem uma pá de irmãos aqui na Tijuca, e eu sou um deles! Forte abraço.
Pois é, Edu
E quem resiste à singeleza do moço? Sucumbi sem a menor chance de defesa.
Saudades
Salve, Mi! Saudade sua também, querida. Na próxima, venha com ele! Beijo enorme.
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