9.2.10

DOUTRINANDO UMA CRIANÇA

Corria o ano de 2008. Paulo Ramos era o candidato do PDT à Prefeitura do Rio de Janeiro, partido que morreu junto com Leonel de Moura Brizola, o maior de todos. Meu mano Bruno Ribeiro costuma dizer que eu tenho mais afilhados que a saudosa Zilda Arns. Pois uma de minhas afilhadas (são onze, até o momento!) foi deixada sob meus cuidados durante um final de semana daquele ano. Foi quando aproveitei para submetê-la a uma pequena sessão de doutrinação política. Eu disse a ela que gravaria um filminho para exibir na TV durante o horário político, e ela ficou toda prosa (vocês sabem como são as crianças...). Passamos o pequeno texto e partimos para as gravações. Pela expressão da criança - tadinha... - depois de três tentativas, pode parecer a vocês que não obtive êxito (sua expressão de desânimo é capaz de fazer chorar o mais fanático dos correligionários...). Mas não é verdade. Hoje, em 2010, perguntem a ela quem é o maior político de todos os tempos e vocês ouvirão:

- Brizola!

Até.

7 comentários:

Claudio Renato disse...

Brizola, sempre! Agora, é Lula!

Branca disse...

Meu Deus!

Vanessa Dantas disse...

Sensacional!

Você se supera, Edu!

Beijo.

Sergio disse...

Hahahahahaha! Mas ela fala "Paulo Ramos" com a maior tristeza. Só mesmo o amor pra fazer com que esta afilhada não revelasse então q se pudesse teria votado na Jandira.

Renata Werneck disse...

Edu querido! Já ri de me dobrar! Agora, fala a verdade: sua linda afilhada Ana Clara quis passar outro fim de semana com você? Bjs.

Eduardo Goldenberg disse...

Como assim, Renata? Anote aí. Domingo eu a peguei às sete da manhã para um banho de cachoeira na Tijuca. Disse a ela, no trajeto (ela mora na Barra):

- Sabia que na Tijuca tem um pavão que fala e que conversa com a gente?

Ele olhou-me com olhos de "ai-meu-Deus".

Passei em frente ao BAR DO PAVÃO. Chamei por ele, que não estava. Veio a dona , mulher dele:

- Oi, dona Jô. A Ana, minha afilhada, não acredita que aqui tem um pavão que fala... Não tem?

E ela:

- Tem, claro! Mas ele só chega às dez horas.

E ela, do banco de trás:

- Dindo?

- Oi, amada.

- Você é maior dindo do mundo, e a Tijuca é o melhor lugar que tem.

Que tal?

Eduardo disse...

Edu,

um dia fui a um jogo do Botafogo no Maracanã [antes da era Engenhão] e estava lá, como sempre, de pé, já dentro do anel, olhando o campo. Chegou um garoto e estendeu uma faixa onde estava escrito "Heleno vive!". Comecei a chorar compulsivamente.

Diante do seu balcão imaginário, não me resta outra alternativa a não ser estender a minha faixa, também imaginária, onde se lê:

"Brizola vive!"

Obviamente com a sua permissão.

Beijo,
Dudu.