6.6.10

DO DOSADOR

* Vocês hão de se lembrar: em 19 de dezembro do ano passado, quando escrevi UM CASAL ESPETACULAR, lhes contei sobre um casal amigo - e mais precisamente sobre a varoa do casal a que me refiro - que protagoniza momentos épicos dentro do que se pode chamar manifestações sobrenaturais. Disse eu, em dezembro de 2009, aqui:

"Ela é um doce. Fala mansa, extremamente ciosa de seu papel de companheira, extremamente ciosa de que quem brilha ali, no palco do dia-a-dia do casamento, é ele, condescendente, terna, dulcíssima (perdoe-me a repetição inevitável), ela tem extrema paciência com o marido, dessas que só as enfermeiras têm, com as obsessões do marido, a quem compreende sempre com uma festinha na cabeça, um sorriso terno, quase maternal, e vão levando, assim, a vidinha deles.

Ocorre que - eis o quero lhes contar - vira-e-mexe (bimestralmente eu diria, pelo que venho observando há anos) ela é possuída (e não há termo mais adequado para o que se passa) por uma espécie de entidade que faz com que ela modifique, agudamente, o comportamento diante do olhar espantado da assistência do momento. O troço é quase um transe. E dá-se, sempre, à mesa de um bar qualquer."


Eis que na quarta-feira passada, véspera do Corpus Christi, a moçoila rodopiou de novo como cavalo (ou seria égua?!) da entidade. Eu, infelizmente, não estava à mesa. Mas soube - quem me contou foi o próprio marido, de olhos espichados - que a beberagem começou às 19h30min na rua do Rosário. Por volta das 22h, o transe. Houve um rufar de saltos no chão de pedra, socos na mesa e brados ouvidos por todo o velho centro do Rio:

- Hoje eu pago! Eu pago! Pago tudo!

O troço terminou às 3h30min da manhã;

* estou, preciso fazer a confissão, viciado na rede do TWITTER. Sensacional ferramenta que atende aos anseios do BUTECO - estamos lá, aqui -, está agora instalada em meu celular, o que torna a obsessão pelo brinquedo ainda mais aguda. Ontem - eis o que eu queria lhes contar - Janir de Holanda, o Guevara da imprensa esportiva carioca, fez o chamado bota-fora por conta de seu embarque, na terça-feira pela manhã, rumo à África do Sul. O Janir também está lá, aqui. Pausa para um comercial: você que é usuário do troço, pô!, siga o Janir! Hoje (neste momento) com 910 seguidores, ele aguarda, pacientemente, o milésimo seguidor para sortear uma camisa oficial do Flamengo entre os que o lêem. Feito o comercial, vamos em frente. Eis que um dia, há uns meses, vestido com a roupa de amianto dos bombeiros, Janir lançou o jato de gasolina e me apresentou (via TWITTER, diga-se) Rafael Cavalieri (aqui). E os jatos de gasolina foram sendo lançados aos poucos: dizia-me o irmão de Luiz Antonio Simas que Rafael Cavalieri, ainda de fraldas (tem 24 anos, o menino), era admirador máximo de gente como Maria Gadú, Roberta Sudbrack e outros bichos. Tentava, assim, promover o duelo de espetadelas em 140 toques. E o troço deu certo. Então... ontem, durante o bota-fora de Janir, @butecodoedu e @rafaelcavalieri dividiram a mesa. O registro, que o jornalista esportivo classificou como "momento histórico", está aqui. Bebemos no BAR DA FRENTE, na fabulosa Barão de Iguatemi, buteco de verdade que festeja, explicitamente, sua ausência na besteira olímpica que é o COMIDA DI BUTECO;

* falei no TWITTER, falei no COMIDA DI BUTECO e preciso lhes dizer: muito honra o @butecodoedu - eis que dá contornos de coerência a tudo o que defendemos - mais um bloqueio no sistema do TWITTER. Depois de @moaluz e @robertasudbrack, agora é o próprio @_comidadibuteco que, possivelmente contrariado pela saraivada de verdades que lançamos daqui do balcão virtual sobre a farsa que é o festival, não me permite o acompanhamento de seu perfil. Triste por um lado (o da mesquinhez), ótimo por outro (o que dá contornos de coerência a tudo o que defendemos);

* continuo aguardando a ligação, que me foi prometida, dos organizadores do festival da maionese;

* falei em TWITTER, falei em Janir, falei em Rafael Cavalieri e quero lhes contar mais uma coisa: Janir teve a brilhante idéia de levar o ninfeto de 24 anos, antes de levá-lo ao BAR DA FRENTE, ao REX, disparado o melhor galeto da cidade (sempre digo isso por aqui). O menino, encantado com o REX (o que prova que ele não é de todo equivocado), anunciou, na rede, que lá estava a se deliciar com a comida do lugar. Eis que um sujeito, cujo nome não repetirei como prometido, soltou a babaquice que pretendia soasse como piada: "o galeto vem com salva-vida em caso de enchente na praça de bandeira". Dá-me nojo, agudo nojo, ver a barba do barbudo lambuzada do mel que, muito recentemente, deu de provar;

* Luiz Antonio Simas publicou ontem mais uma de suas imperdíveis histórias com dois de seus personagens que são meus preferidos: Manoelzinho Mota e Saquarema Marta. Aqui;

* faltam seis dias para o Arraiá dos Namorados, mais uma iniciativa do inacreditável vereador Eliomar Coelho.

Até.

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